Numa manobra extremamente populista, em pleno ano eleitoral,
Supremo Tribunal Federal, cujos magistrados não são eleitos pelo povo, mas
indicados por quem o povo elege, decidiu pela constitucionalidade das Cotas
Raciais em universidades.
Os que defendem a absurda lei alegam que ela vem reparar
séculos de exclusão social num país cuja Constituição diz que todos são iguais
perante a lei, independente de cor de pele, e credo e classe social (o que
todos sabemos que não é verdade, não na prática). Na minha humilde opinião isso é pura balela.
Se a lei supostamente está defendendo aqueles que sofrem por conta de sua
condição racial, não estaria ela mesma segregando esse grupo e, pior ainda,
inflando mais ainda o discurso racista ao dizer que apenas com uma cota esse
mesmo grupo poderia entrar na universidade pública? Sim, é isso mesmo! A lei
está dizendo que se você é negro (ou afro-descendente, vá lá), mulato, pardo,
“moreninho”, você é um coitado que não tem condições de estudar para passar
para uma faculdade de bom nível. E por isso mesmo você tem o direito de tirar
uma vaga de um branquelo, filhinho-de-papai, mauricinho que teve a sorte de
nascer com a cor certa e apenas por isso teve condições de estudar em boas
escolas e com isso angariar conhecimento suficiente para passar para uma
faculdade federal.