quinta-feira, 7 de maio de 2015

Avante (ou não) Vingadores!

Uma das maiores expectativas do ano no mundo do cinema, o filme que abriu a temporada de blockbusters do verão norte-americano, parece que bateu na trave, na opinião humilde deste que vos escreve, utilizando um jargão futebolístico; afinal, o filme estreou aqui primeiro! Ao que tudo indica, a toda poderosa Marvel pode errar a mão sim. O que é normal!

Joss Whedon volta ao comando do mais aclamado (pelo menos no momento) time de super-heróis, mas parece não ter feito o dever de casa. Aluno aplicado, depois de uma excelente nota na primeira prova, com ego inflado, ele não estudou e se deu mal no segundo exame. O filme começa até muito bem, com um plano sequência de tirar o fôlego com os Vingadores invadindo uma instalação da HYDRA para reaver um cetro com a pedra do infinito, numa alusão direta à cena pós-créditos de "Capitão América 2", mas para os menos atentos ou para aqueles que não acompanham todo o universo Marvel, seja no cinema, seja na TV, aquele início ficou meio estranho: de onde vieram os heróis? De repente estavam ali, unidos? De onde veio a missão? Ok, ok, ok, isso pouco importou depois de concluída a demanda, que teve o Incrível Hulk como destaque (aliás, como sempre).

Joss pecou principalmente no roteiro, assinado por ele, que jogou personagens a esmo, como se precisasse cumprir alguma cota para os próximos filme da Marvel, e deu injustificável importância a outros, como os gêmeos Pietro e Wanda, ou Mercúrio e Feiticeira Escarlate, cuja ausência na história não faria a menor diferença, e o próprio herói Arqueiro, que ganhou família, casa e um draminha melacueca "a la novela das seis" que só serviu para esfriar (demais) a ação. Totalmente dispensável.

O filme ainda carece da ausência de um grande vilão. Ultron, criação de Tony Stark e Bruce Banner, "engrandecido" pela pedra recuperada na missão do início do filme, segundo conhecedores do universo Marvel, não chega aos pés daquele das HQs. Muito bem desenvolvido pela computação gráfica do filme, e engrandecido pela interpretação de James Spader, que lhe deu voz, o Ultron do filme não chega a assustar e solta piadinhas e indiretas a todo o momento, como se fosse um Tony Stark em I,A. Soou forçado. Assim como soou extremamente forçada a participação de Nick Fury (Samuel L. Jackson) e sua grande aparição com o "porta-aviões" da S.H.I.E.L.D. no final para salvar o dia.  E também como soou forçado o flerte entre Dr. Banner e Natasha Romanoff, a Viúva Negra (Scarlet "oh my god! how delecius you are!" Johanson).

Mas é claro que a produção tem seus acertos, lógico, não é uma bomba completa. A computação gráfica, já citada aqui, é uma delas. As cenas de ação são seu ponto forte também! Mas a expectativa criada ao longo dos últimos dois anos com fotos de bastidores e trailers e mais trailers não foi recompensava pelo produto final. Certamente teve mão de produtor aí, o que é uma pena.

Que venha a fase 3 da Marvel e que esse universo seja melhor conduzido no futuro!

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Participei do Podcast NERDSTATION, do site Território Nerd, sobre o filme, juntamente com dois feras no assunto. Para escutar, clique aqui!


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